CRESCIMENTO ECONÔMICO E DIREITOS SOCIAIS
CRESCIMENTO ECONÔMICO E DIREITOS SOCIAIS
Se você quiser fazer sucesso nas redes sociais, é só assumir posições extremadas, abraçando apaixonadamente a causa “do povo” ou a causa “das empresas exploradoras do povo”, mesmo que isso significa levar pedrada da parte contrária.
Porque é tão difícil acreditar que é possível a convivência entre os detentores do capital e os trabalhadores? Porque apaixona à muitos a ideia de guerra entre classes? Porque isso é épico, enquanto pregar a paz é coisa de covardes, como eu.
Podem me chamar de “murista”, ou seja, aquele que fica em cima do muro, o que não me constrange, porque é posição equilibrada que permite visão privilegiada de todos os fatos, mesmo que eventualmente possa interpretá-los equivocadamente.
A luta de classes é muito mais emocionante, porque implica em posições fortes entre direita e esquerda, entre trabalhadores e burgueses, entre bons e maus, mas nunca construiu nada permanente, senão ilusão temporária e geralmente desastrosa.
É evidente que existem empresários maus e desinteressados, mas, não sejamos ingênuos, essa ausência de qualidades também se encontra entre trabalhadores. As pessoas são o que são, e alguém sempre vai ter que botar dinheiro na atividade, cabendo aos demais prestar os serviços.
Aquele que trabalha sempre acha que está sendo explorado, e as vezes isso é real, mas, em geral, não se dá conta quanto o empresário investiu em trabalho, grana e preocupação com a atividade, com os impostos a pagar, com os tributos a recolher, com os empregados a controlar, contratar, demitir, etc.
Até mesmo o Estado (União, Estados Federados e Municípios) se acha todo importante quando multa uma empresa ao pagamento de valores milionários, pouco importando se ela vai quebrar. Ok, mas se a empresa quebra, quem mais perde não é o trabalhador?
Temos que buscar, sempre e sem descanso, uma forma civilizada de convivência entre o capital e o trabalho, o cumprimento da legislação e o crescimento econômico das empresas, com observação dos diretos sociais.
Não se esqueçam que “direito de mais é direito de menos”, excesso de proteção é desproteção.
Pode não parecer, mas existe um meio termo, cabendo-nos lutar sempre para encontrá-lo, em benefício do crescimento econômico e dos direitos sociais, juntos e de maneira sustentável.